Meu depoimento...
Tudo começou na minha infância. Meu pai era um verdadeiro contador de
histórias, toda noite gostava de contar Contos de Fadas, gostava também de
cantar na hora de dormir. Foram momentos especiais e inesquecíveis. No período
escolar, hoje Ensino Fundamental, não houve incentivo à leitura diferenciada,
apenas leitura de conteúdos em livro didático. Foi no Colegial que houve contato
com livros de autores como Machado de Assis, José de Alencar, Joaquim M. de
Macedo, entre outros. Procurei ler todos os propostos, alguns gostei e outros
li por pura obrigação, tinha prova do livro.
Quando adulta, livre para escolher... Foi com a leitura do livro Água Viva
de Clarice Lispector que descobri outras formas de leitura, pois tratá-se um
poema em prosa, ao qual me identifiquei, pois faz uma forte relação entre a
pintura e a literatura, como também envolve a música por trás de seu texto.
Acredito então que a participação do meu pai foi imprescindível para a
descoberta da leitura como uma forma de buscar transformações interiores e
exteriores.
Selma Groff
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